Publicado em 09/01/2020 12h07

Ano começa com negociações lentas e oscilação de preço

Os baixos preços do café devem desestimular produtores a vender
Por: Cepea/Esalq

O mercado nacional de café arábica têm apresentado baixa liquidez nas últimas semanas. Além da habitual retração de agentes consultados pelo Cepea, devido às comemorações e ao recesso em virada de ano, a forte variação dos preços externos e internos reforçou o cenário de poucos negócios. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), na última quinzena de 2019, o contrato Março/20 (de maior liquidez) chegou a variar mais de 1.000 pontos, influenciado especialmente por fatores técnicos e movimentos cambiais.

No Brasil, o cenário foi praticamente o mesmo. No dia 16 de dezembro de 2019, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, atingiu o maior valor desde 13 de fevereiro de 2017 (em termos reais – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de novembro/19), a R$ 571,63/saca de 60 kg. Desde então, os preços recuaram fortemente, indo para R$ 509,50/sc nessa terça-feira, 7.

Quanto à liquidez interna, a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que siga limitada nos próximos dias. Apesar de muitos agentes retornarem efetivamente ao mercado nesta semana, os baixos preços do café e o volume significativo de grãos comercializados até a primeira quinzena de dezembro de 2019 devem desestimular produtores a venderem sua mercadoria.