Foi inaugurado na cidade de Cuiabá (estado do Mato Grosso), o AgriHub Space – uma incubadora de startups que será um ponto de conexão entre empresas, produtores rurais, pesquisadores, investidores e o ecossistema agrícola e de inovação. Trata-se de uma iniciativa da LM Ventures e Sistema Famato, e que tem como parceiras as empresas TMG, Amaggi, Agro Amazônia/Sumitomo, Bayer e Rede de Fazendas Alfa.
De acordo com o portal chinês Agropages AgriHub oferece um programa de aceleração tradicional, em que startups serão selecionadas para participar de um ciclo de nove meses (sem custo de participação) em que passarão por mentoria e validação de soluções, e receberão um pacote de serviços gratuitos para ajudá-las a se desenvolver. Foi feita uma chamada este ano para a seleção das primeiras startups, nos quais serão selecionadas de oito a 15 agtechs que terão à disposição um moderno e amplo espaço de 400 m².
Também será oferecido uma rede de serviços aos empreendedores e agentes de inovação, com o intuito de acelerar novos negócios e aproximar o mercado e as agtechs. Serão oferecidos treinamentos, workshops, painéis temáticos, desafios de inovação, projetos abertos, meet-ups cursos de mentores e dias de mentorias a startups, entre outros.
Com as empresas parceiras serão trabalhados três horizontes de inovação: o primeiro é ajudar a empresa a inovar no que ela já faz, porém de maneira mais acelerada e rentável; o segundo horizonte é ajudar a empresa a inserir uma atividade nova, próxima ao que ela já faz, como criar uma nova linha de receita, um novo produto ou serviço, e o terceiro horizonte é o disruptivo, o que significa ajudar a empresa a mapear novos negócios ou tecnologias que podem transformar completamente o seu ramo de atividade, como por exemplo, o hamburger sintético ou de plantas, como também produção agrícola em estufas. Caberá às startups se plugar em um dos três horizontes.
Um diferencial do projeto é que as empresas parceiras e seus colaboradores poderão trocar experiências e desenvolverem projetos e negócios em conjunto, além de se conectarem com startups e com o ecossistema de inovação.
A equipe técnica do AgriHub Space realizou um diagnóstico das principais necessidades das empresas já parceiras, Amaggi, Agro Amazônia/Sumitomo Corporation e TMG. Esses diagnósticos serão utilizados para a seleção das startups que devem apresentar soluções e aplicações práticas de tecnologias que resolvam problemas levantados neste primeiro levantamento.
“O trabalho com as startups será duplo. De um lado aplicaremos nossa metodologia para ajudá-las a se desenvolverem como empresa, de outro, buscaremos efetuar projetos pilotos, para testar na prática a aderência do produto ou serviço no mercado, seja com grandes empresas ou com produtores, visando uma relação comercial futura que beneficie startups e empresas”, explicou o sócio proprietário da LM Ventures, Magnus Arantes .
O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, falou da satisfação de participar da concepção e criação do AgriHub Space: “Participar da concepção do espaço que vai abrigar o AgriHub é uma alegria. Queremos fazer desse espaço físico a casa do AgriHub, a casa das ideias e das inovações que serão desenvolvidas especialmente para o setor produtivo rural. Porque aqui? Por que aqui é a casa do produtor rural”.
Na inauguração, o presidente da TMG, Francisco Soares Neto, destacou que o propósito da companhia ao ser uma das idealizadoras do AgriHub Space é o de participar do ecossistema de inovação para aprender e interagir com o setor. “A TMG pode atuar tanto como uma empresa que busca em startups soluções para a melhoria de processos internos, novas oportunidades de produtos, negócios e inovações disruptivas, mas também como uma empresa que pode oferecer inovação para o mercado”, colocou.
O AgriHub Space é o primeiro hub de inovação da agricultura e pecuária em Mato Grosso e tem como objetivo encontrar soluções e inovações para o agronegócio brasileiro. Funcionará como um hub com espaço físico para conectar e possibilitar que startups com potencial possam trabalhar e se desenvolver. Como resultado, os idealizadores pretendem aumentar a renda dos produtores rurais, usando o mínimo de recursos. Querem ainda contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio da inovação tecnológica, além de impulsionar o aumento da oferta de alimentos ao mundo até 2050.
