Publicado em 23/12/2019 10h20

Exportadores indianos buscam proibição de pesticidas

“Existem seis pesticidas que nem são registrados na Índia, mas há resíduo no arroz na Índia"
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

Exportadores de arroz na Índia, maior produtor de arroz premium, pediram a proibição de pesticidas que não são registrados no mercado externo, em uma tentativa de aumentar as exportações para a Europa e os Estados Unidos. A exportação de arroz da Índia para essas regiões caiu um terço em 2018/2019, em comparação com o ano anterior, com amostras de culturas que não cumprem as rigorosas normas de resíduos químicos. 

Para isso, o lobby dos exportadores na Índia, o maior participante do comércio global de arroz, instou o ministério do comércio e da indústria a garantir que os pesticidas usados no cultivo de arroz também sejam registrados na Europa e nos EUA. As exportações de arroz da Índia para a Europa caíram 40% em 2018/2019 com a questão do nível máximo de resíduos (LMR), e o mercado provavelmente diminuirá ainda mais este ano, uma vez que as amostras de arroz falharam nos testes obrigatórios. A Índia havia enviado cerca de 10% de suas remessas totais de basmati para a Europa até 2017. 

“Existem seis pesticidas que nem são registrados na Índia, mas há resíduo no arroz na Índia. Esses produtos químicos não têm um nível máximo fixo de resíduos definido pelo Conselho Central de Inseticidas e pelo Comitê de Registro”, disse Ashok Sethi, diretor da Associação de Exportadores de Punjab. 

Esses pesticidas são etamidofos, profenofos, protioconazol, tebufenozida, tiofanato-m e triazofos. "Eles precisam ser banidos até que os fabricantes registrem seus produtos na Índia e também em destinos de exportação", disse Sethi. 

Com a crescente necessidade de adesão a padrões mais rigorosos para resíduos, os exportadores de arroz também procuraram proibir o uso dos pesticidas acefato, carbofurano, propioconazol, tiametoxano, tiofanato metílico, triciclazol, clorpirifós, buprofezina, cabendezim e isoprotiolano.