Publicado em 09/08/2019 13h41

América Latina vê melhorar ambiente regulador de pesticidas

Situação no Brasil é positiva
Por: Leonardo Gottems - Agrolink

América Latina, um mercado de pesticidas importante no mundo, não se recuperou totalmente da crise nos últimos anos, mas o ambiente regulatório, políticas e regulamentos de pesticidas estão passando por mudanças significativas, especialmente no Brasil, segundo afirmou Christina Xie, do portal AgroPages.com. De acordo com ela, a entrada em funcionamento do novo governo e a iminente introdução de uma nova lei sobre agrotóxicos, a indústria brasileira de agrotóxicos deve inaugurar uma nova etapa de desenvolvimento sob a influência de uma série de políticas favoráveis. 

“O glifosato, como herbicida mais vendido no mundo, tem sido afetado por notícias negativas ao longo dos anos. Em fevereiro deste ano, houve mais avanços neste caso, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há evidências científicas que indiquem que o glifosato é carcinogênico ou que apoie a proibição do glifosato no Brasil. No entanto, a Anvisa propôs algumas restrições ao uso do glifosato para aumentar a segurança dos operadores”, comenta. 

De acordo com Bruno Gentleman Breitenbach, chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados da Secretaria de Defesa Agropecuária, "O registro de produtos menos tóxicos é resultado da política do governo federal de priorizar a análise dos processos de registro desses produtos". Nesse cenário, o deputado Luiz Hiloshi Nishimori, que é relator de uma nova lei sobre registro de pesticidas, afirma que o processo de registro demorado no Brasil deverá ser muito mais agilizado.  

“O projeto de lei não facilita o registro desses produtos, mas inclui critérios objetivos na avaliação, respeitando as metodologias científicas, que garantem a competitividade da agricultura brasileira sem dispensar os aspectos de segurança dos produtos. Além disso, também reforça o compromisso do governo com a transparência e as melhores práticas regulatórias”, conclui.