As cotações de milho na principal praça do País, Campinas, acabaram registrando uma queda forte no encerrar desta semana, de acordo com informações repassadas pelo especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. Segundo ele, existe uma grande disponibilidade interna que está afetando os preços.
“Os preços do milho continuam sentindo a grande disponibilidade interna, de um lado, com todas as consultorias aumentando as suas estimativas de produção brasileira para a safra 2018/19 e, de outro, a taxa do dólar caindo, tirando a vantagem competitiva da exportação, que poderia dar sustentação aos preços. Com isto, os preços médios oferecidos em Campinas voltaram a recuar 1,23% nesta quinta-feira, para R$ 36,87/saca, aumentando as perdas de junho para 2,92%”, afirma ele.
Sendo assim, o mercado físico de milho retoma pressão baixista, guiado pela queda recente da taxa de câmbio e das referências em Chicago,” segundo análise da XP Agro, que acompanha de perto o mercado de Campinas. O relatório de acompanhamento do plantio norte-americano acusou atraso de 29 pontos percentuais frente a média dos últimos 5 anos, mas ainda assim não ‘incentivou’ compras relevantes”.
“A novidade ficou, então, por conta dos Estados Unidos. O país passou a ameaçar o México com aplicação de tarifas sobre importação de produtos, inclusive, o milho, a partir de 10 de junho. No âmbito de preços, a Trade War e a Peste Suína garantam volatilidade. No Brasil, as colheitas avançam em ritmo adiantado, com produtividade esperada recorde”, conclui o especialista.