Publicado em 29/03/2019 16h40

Coopercitrus fatura R$ 4,1 bi em 2018; 2019 preocupa, diz presidente

O valor representa alta de 26,9% sobre os R$ 3 bilhões de 2017
Por: Globo Rural

A Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais registrou um faturamento de R$ 4,11 bilhões em 2018 com as operações próprias e da Agripetro, braço de combustíveis do grupo cooperativo. O valor representa alta de 26,9% sobre os R$ 3,24 bilhões de 2017. A receita só com a cooperativa foi de R$ 3,884 bilhões, aumento de 29,04% sobre os R$ 3,010 bilhões do ano anterior. As sobras (lucro líquido), que devem ser distribuídas entre os cooperados, avançaram 63% entre os períodos, para R$ 112,564 milhões, informou ao Broadcast Agro o presidente da Coopercitrus, José Vicente da Silva.Silva atribuiu o resultado positivo da Coopercitrus, acima da expectativa inicial de alta de 20% na receita, a uma "conjugação de fatores", principalmente o avanço dos negócios em feiras como a Agrishow e a Feacoop.

"Apresentamos condições comerciais boas e a aceitação foi grande". No entanto, o presidente da Coopercitrus diz estar "preocupado com 2019", ao estimar um aumento de 15% a 17% nos negócios para este ano. "Estamos crescendo 17% este ano, um avanço substancial porque a base é grande. Mas estamos com pé atrás para ver se isso vai se consolidar", disse. "Não sabemos qual será o nível do dólar, se a reforma da Previdência será aprovada e política também interfere muito", completou Silva se referindo à turbulência política do governo Bolsonaro.

Com 35 mil cooperados, a Coopercitrus continuará em 2019 o processo de consolidação de sete outras cooperativas regionais, cinco de Minas Gerais e duas de São Paulo, incorporadas nos últimos anos, e também chegará a Goiás. Uma das duas lojas inauguradas este ano será em Itumbiara, no sudoeste daquele Estado. "É um polo fantástico e a unidade foi uma demanda dos nossos cooperados", afirmou o presidente da cooperativa. A outra unidade será em Alfenas (MG).

A estratégia da Coopercitrus passa também pela diversificação de produtos e operações. "No café conseguimos condições para o barter (troca de insumos por produtos) para três anos e até 2020 temos quase 1 milhão de sacas, o que é muito para nós que somos novos nessa área. Temos participação em soja, milho, pecuária, com quatro fábricas de ração, e o fato de trabalhar com toda a cadeia do agronegócio nos dá condição mais abrangente com fornecedores e cooperados", disse. "O futuro será ampliar essa verticalização e nos planos estão o processamento dos grãos para a produção de óleos e farelos, por exemplo", concluiu Silva.