A colheita de trigo está praticamente encerrada no Rio Grande do Sul, com mercado estimando algo ao redor de 1,76 milhão de toneladas. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, o clima colaborou com o desenvolvimento da colheita.
“Com a predominância de dias ensolarados, a retirada do trigo da lavoura se deu de forma rápida, atingindo o processo de colheita em praticamente toda a área implantada, à exceção das lavouras cultivadas na região Serrana e em algumas outras áreas pontuais. A produtividade continua sendo aquém do esperado, ficando em torno de 2,2 e 3,3 t/ha de qualidade regular, com PH médio em torno de 75”, informa.
Pacheco também afirmou que, mesmo com baixo PH, em muitas regiões o produto não teve redução da sua qualidade farinácea, pois apresenta-se com boa força para expandir a massa (força W). “Há muitos pedidos de Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) em razão das perdas ocorridas. Mesmo com a colheita praticamente encerrada a Emater-RS não estimou a quantidade colhida, mas o mercado acredita em algo ao redor de 1,76 milhões de toneladas”, comenta.
Nesse cenário, o mercado se encontra lento, sendo que os triticultores acreditam na alta dos preços, para isso seguram as vendas, preferindo ofertar o milho e a soja nesse momento. “Nessa semana ocorreu uma melhora nos valores de venda, subindo em 1,56% a cotação média da saca de 60 kg de trigo no Estado, em relação à anterior. O preço médio foi de R$ 38,44. Mercado: disponível classe pão - R$ 44,00 em Passo Fundo e de R$ 43,00/saca de 60 kg em Cruz Alta”, conclui.
