Publicado em 30/11/2018 10h40

Milho e soja 18/19: reta final da semeadura no Brasil e da colheita nos EUA

Situação das lavouras está favorável
Por: Scot Consultoria

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) indicou que a estimativa para a safra de grãos para o ciclo 2018/2019 sofreu poucas alterações. Nesse cenário, para o professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Marcos Fava Neves, será visto um leve aumento na produção. 

 

“Para os grãos espera-se algo entre 233,7 a 238,3 milhões de toneladas (2,5 a 4,5% a mais), numa área plantada entre 61,9 e 63,1 milhões de hectares (0,3% a 2,2% maior). Em soja podemos colher entre 116,8 milhões e 119,3 milhões de toneladas, plantadas em cerca de 36 milhões de hectares”, informa. 

No milho a Conab estima que o País produzirá algo no intervalo entre 90 a 91 milhões de toneladas, plantados em 16,7 milhões de hectares. “No limite superior da CONAB podemos bater o recorde histórico de produção de grãos, torcer para o clima ajudar e teremos mais esta boa notícia num ano de retomada do Brasil”, comenta. 

 

“Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), espera-se para 2019 o valor bruto da produção pecuária de R$ 200,4 bilhões, quase 8% a mais que os R$ 186,3 bilhões esperados para 2018. Frango deve crescer 16,4% (R$ 61,6 bilhões), o leite 10,4% (R$ 35,6 bilhões), bovinos 3,3% (R$ 79 bilhões) e suínos 1% (chegando a R$ 14,2 bilhões)”, indica. 

No entanto, as margens para nossos produtores de cereais devem ser piores na safra 2018/19. “Em momento importante de compras de insumos, o câmbio esteve acima de 4 reais e os fez mais caro. Se o câmbio permanecer nos valores de 3,70 durante a safra, quem também não vendeu nada dos produtos ao câmbio de 4,20 terá um descasamento”, conclui.

Publicidade