Publicado em 17/08/2018 11h37

Cientistas querem alterar norma da ISO

O projeto pretende oferecer bases científicas para modificar padrões de análise no que se refere a segurança dos equipamentos de proteção
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

A cientista Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland (EUA) e o pesquisador brasileiro Hamilton Ramos, do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC) estão montando uma parceria para alterar critérios da entidade certificadora  International Organization Standartization (ISO Internacional). As normas em questão se referem a medição da qualidade de vestimentas de proteção a agroquímicos. 

De acordo com o brasileiro, o ensaio que os dois estão fazendo em conjunto para tentar promover as mudanças na ISO Internacional já está em fase conclusiva. Segundo ele, o projeto pretende oferecer bases científicas para modificar padrões de análise no que se refere a segurança dos equipamentos de proteção usados por agricultores que aplicam agroquímicos. 

Ramos está trabalhando desde 2015 na fabricação de um líquido teste que não é tóxico, mas consegue simular características similares às do composto herbicida químico Prowl, de toxicidade mediana, que é utilizado oficialmente nos testes da ISSO Internacional. Ele coordena no Brasil o Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (Quepia), o que lhe permite estudar tais mecanismos. 

Nesse cenário, o pesquisador critica as restrições regulatórias do uso do Prowl para os testes em laboratório. Segundo ele, a dependência desse mecanismo aliada a essas restrições está atrapalhando o desenvolvimento da pesquisa.  

No entanto, ele considera que o projeto será considerado um dos principais estudos da área no Brasil. “Uma vez aprovado, nosso trabalho ganhará amplitude mundial e será incorporado à norma ISO 27065, específica para testes envolvendo a qualidade de vestimentas protetivas”, completa. 

 

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