Publicado em 16/08/2018 15h28

Manejo correto combate ferrugem sem comprometer fungicidas

“Esteja atento ao monitoramento constante das doenças da soja, especialmente a ferrugem"
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

O engenheiro agrônomo, mestre e coordenador da Estação Experimental de Ituverava da UPL, Ayrton Berger Neto afirmou que um correto manejo da resistência é uma das únicas formas de conseguir combater a ferrugem asiática da soja de modo que ela não comprometa a atuação dos fungicidas. Segundo ele, o problema é sério, mas vem sendo controlado com técnicas eficientes. 

“A ferrugem asiática pode causar redução de produtividade de soja na ordem de 75% e com isso, se faz necessário o uso de vários métodos de controle no manejo da doença. Dentre estes métodos está a adoção de vazio sanitário, calendarização de semeadura da cultura, semeadura de variedades cada vez mais precoces já na primeira época de plantio permitido, uso de variedades com genes de resistência, além do controle químico”, diz. 

No entanto, 28% das pulverizações para ferrugem asiática foram realizadas com associação de algum fungicida multissítio, que é ideal para promover o menejo da resitência e diminuir a mutação C-I86F em populações de P. pchyrhizi,a qual confere menor sensibilidade do fungo às carboxamidas. Nesse cenário, Neto alerta os produtores para que estejam atentos às mudanças de comportamento do fungo e consigam fazer o manejo adequado. 

“Esteja atento ao monitoramento constante das doenças da soja, especialmente a ferrugem, e realize as aplicações em intervalos adequados seguindo as recomendações do fabricante. Realize a aplicação dos fungicidas de forma preventiva, sempre em associação com fungicidas multissítios. Rotacione fungicidas com diferentes mecanismos de ação. Utilize tecnologia de aplicação adequada”, explicou. 

Além disso, o especialista recomenda também que não se “ultrapasse o número máximo de 2 (duas) aplicações de fungicidas de mecanismo de ação específico no mesmo ciclo de cultivo” e “respeite o vazio sanitário e elimine as plantas voluntárias remanescentes em lavouras e beiras de estrada”.