Publicado em 16/08/2018 13h06

Banimento do Glifosato desafia produção de soja

"Muitas coisas que prejudicam a produção estão acontecendo no Brasil "
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

Especialistas internacionais estão avaliando o banimento do Glifosato como prejudicial e desafiador para a produção de soja brasileira no próximo ciclo. Para o norte-americano Michael Cordonnier, presidente da Corn and Soybean Advisory, por exemplo, salientou a concorrência do Brasil com os Estados Unidos e disse que acredita que a situação será revertida. 

“Um juiz substituto em uma espécie de agência do tipo proteção ao consumidor que declarou que o glifosato é um perigo. Agora há uma janela de 30 dias antes que isso entre em lei. Meu palpite é, e isso é apenas um palpite, será alguma medida de emergência”, disse. 

Os norte-americanos discutem também a possibilidade de aumento de 5% da área de soja plantada para a safra 2018/2029 e as possíveis consequências que a proibição do defensivo pode causar. Além disso, eles salientam que o Glifosato é um dos herbicidas sintéticos mais utilizados pelos agricultores brasileiros. 

“Eu estou olhando para um aumento de 3% a 4%, algumas pessoas dizem 5%, mas esse aumento depende de outros fatores também. Há muitas coisas acontecendo no Brasil. Por exemplo, o país enfrenta taxas de quadros mais altas de uma recente greve de caminhoneiros. Isso levou a atrasos na entrega de fertilizantes”, explica. 

O especialista concluiu criticando a suspensão do defensivo e disse que é muito provável que o Brasil, mesmo aumentando a área cultivável, irá produzir menos soja do que o ano passado e não conseguirá superar os EUA. “Então, alguns agricultores vão plantar soja com menos fertilizantes, talvez sem fertilizantes”, finaliza. 

 

Publicidade