Após o forte incremento verificado em junho como consequência da paralisação dos caminhoneiros no final de maio e que afetou as condições de comercialização no mês seguinte, em julho os preços vieram declinando e o preço médio dos ovos brancos na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias) sofreu perda mensal de 23%. Em doze meses o índice de redução superou os 26%.
O produtor de milho, por sua vez, sofreu perda mensal na casa dos 10%, mas, em doze meses, obteve índice de crescimento de 44%. Assim, com o retrocesso mensal na comercialização da caixa de ovos muito maior que a verificada na comercialização do milho, o avicultor precisou de maior volume de ovos para adquirir o cereal, piorando seu poder de compra de junho para julho em 14,2%.
Em doze meses a perda no poder de compra do produtor de ovos andou próxima de 49%. Enquanto em julho do ano passado foram necessários apenas 5,9 caixas de ovos para adquirir a tonelada de milho, neste ano foram necessários 11,6 caixas. As perdas se fazem presentes também na comparação com a média histórica dos últimos oito anos. Por ora, a média de preços de ambos os produtos na primeira quinzena de agosto indica que o poder de compra do produtor de ovos deve piorar ainda mais.
