Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Biotecnologia da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e publicado na revista Science, descobriu um novo mecanismo para reprodução vegetal. Os cientistas utilizaram várias técnicas para realizar o experimento, tais como a geração e caracterização de mutantes de A. thaliana, microscopia de fluorescência, complementação de fluorescência e sistema de divisão de ubiquitina.
O estudo aponta que o desenvolvimento das plantas depende de uma integração complexa de estímulos endógenos e ambientais. Em uma entrevista para a agência de notícias Conacyt, Omar Homero Pantoja Ayala, Doutor em Ciências pela Universidade de Stirling, Escócia, e um dos realizadores da pesquisa, explicou que o novo mecanismo tem a ver com as proteínas cornichon, presentes em fungos, plantas e animais.
"Concluímos que as proteínas cornichon são essenciais para classificar corretamente, transportar e localizar os receptores de glutamato nas membranas das células vegetais. Eles também regulam a quantidade e a atividade dos receptores de glutamato. A interação entre esses dois tipos de proteínas estimula a atividade do canal iônico dos receptores de glutamato", diz parte da pesquisa.
O processo começou com a investigação de células de pólen da Arabidopsis Thaliana,considerada a planta mais estudada em laboratórios. Para Ayala, a polinização e a troca entre as proteínas são o caminho para a ciência melhorar cada vez mais, a fim de obter uma melhor produtividade desde o desenvolvimento até a colheita.
"Uma grande parte do alimento que comemos é o resultado de polinização, como feijão, arroz, feijão, frutas...Com estes resultados é melhor entender os fatores envolvidos no controle da fertilização e, talvez, um dia, possivelmente, esta informação pode ser útil para otimizar a fertilização das plantas e obter melhor produtividade", finaliza.
