A estimativa, calculada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é resultado da grande participação das matrizes nos abates realizados no Estado em anos anteriores.
Os produtores devem disponibilizar no ano de 2015 cerca de 3,78 milhões de cabeças. Em 2011, o estoque de machos era de 3,95 milhões de animais - menor montante observado desde 2006. A previsão para 2015, se confirmada, representará uma queda de 6,1% na comparação com 2014 (4,02 milhões de cabeças) e de 11% em relação ao estoque de machos de 2013 (4,25 milhões de cabeças).
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que a crise na pecuária, devido a seca e o ataque de pragas nas pastagens, obrigou o produtor a encaminhar as fêmeas para o abate, como forma de aliviar a lotação dos seus pastos e dos seus custos de produção.
Com o maior descarte de matrizes, o suprimento de machos jovens para reposição do plantel ficou comprometido. Para se ter ideia, entre os anos de 2010 e 2013 houve um aumento de 80,9% na quantidade de fêmeas encaminhadas ao abate. Em números absolutos, o aumento passa de 1,41 milhões de cabeças para 2,56 milhões de cabeças abatidas.