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Publicado em 12/06/2018 17h58

CNA debate representatividade das mulheres no agro

Sistema FAESC/SENAR-SC foi representado por três mulheres
Por: CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Mulheres que representam Sindicatos Rurais e Federações dos Estados se reuniram, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, para debater a representatividade feminina no setor agropecuário. Durante o encontro, as participantes assistiram palestras sobre as ações e programas do Sistema CNA/SENAR/ICNA, a importância do papel da mulher no campo, além de propostas de negócios internacionais para produtoras rurais.

Representaram o Sistema formado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) a coordenadora estadual do programa Mulheres em Campo Nayana Setubal Bittencourt e as produtoras rurais Astrid Lima (artesã e produtora de orgânicos) e Tatiana Cunha (maricultora e presidente da Associação de Maricultores do Sul da Ilha).

Nayana salientou a importância da participação feminina no sucesso do agronegócio, principalmente em relação às pequenas propriedades rurais que são característica de Santa Catarina. “A força feminina é fundamental para o sucesso do setor. Elas são, muitas vezes, o alicerce, o braço direito de seus esposos e executam com excelência o papel de liderança auxiliando na expansão das propriedades. O agro é um setor que ainda tem a predominância masculina, mas o Sistema FAESC/SENAR/SC, através de programas e cursos de incentivo ao empreendedorismo da mulher, tem buscado contribuir para que a presença feminina cresça cada dia mais no meio rural”.

Entre os programas desenvolvidos com foco na mulher em Santa Catarina destaca-se o Programa Especial Mulheres em Campo que somente em 2018 estão programadas 70 turmas no Estado atendendo aproximadamente mil produtoras rurais em todo o território catarinense. “Queremos estimular as mulheres a se envolverem cada vez mais e fazer com que o agro se fortaleça através da força feminina que vêm trabalhando, estudando, especializando-se e fazendo a gestão do negócio. O futuro do setor passa pelas mãos delas”, observou o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi.

Para Astrid, foi uma satisfação participar do evento. “Achei maravilhosa a experiência. Cada uma expôs as suas dificuldades e problemas encontrados em sua propriedade, ou em associação e, juntas, debatemos essas questões”, relatou. Segundo ela, a mulher tem um papel importante no agronegócio. “Somos detalhistas e determinadas. Corremos atrás de melhores preços, analisamos as escolhas e contribuímos na organização e na documentação. Sem dúvidas é um papel indispensável no meio rural”, afirmou.

De acordo com Tatiana, as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no agronegócio. “Ter a oportunidade de conversar sobre as dificuldades que encontro, em resolver problemas por falta de políticas públicas voltadas à maricultura, numa reunião da CNA e compartilhar informações com mulheres de todas as regiões do Brasil foi uma experiência única e maravilhosa. Cada vez mais a mulher tem um papel importante na gestão dos agronegócios, temos uma certa habilidade em organização, de gestão e a capacidade de motivar os homens a se manterem no ramo”, salientou.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC José Zeferino Pedrozo destacou a importância do empreendedorismo no meio rural. “As mulheres desempenham muito bem esse papel, são criativas e desenvolvem medidas para agregar valor aos produtos da propriedade, auxiliando no planejamento de ações para a expansão da produção”. Pedrozo assumiu recentemente a presidência da Comissão Nacional de Empreendedores Familiares Rurais da CNA.

A diretora de Educação Profissional e Promoção Social do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Andrea Barbosa Alves, falou da importância dos programas voltados para a saúde da mulher e sobre empreendedorismo. “O Programa Saúde da Mulher Rural contribui para a mudança e melhoria das condições de vida, com ações preventivas, exames ginecológicos e prevenção do câncer do colo do útero. Já o Programa Mulheres em Campo é voltado para gestão e empreendedorismo. O objetivo é ampliar o protagonismo feminino na administração das empresas rurais”, disse Andrea.

Durante a reunião, a Superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, informou que a Confederação, em parceria com a Apex-Brasil, vai promover, durante o 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em outubro deste ano, uma rodada de negócios para mulheres que trabalham na apicultura e na cafeicultura. “A ideia desse projeto é estimular o empreendedorismo feminino e valorizar as produtoras rurais que já exportam e as que também querem começar a exportar. Nós vamos abrir vagas para produtoras iniciantes nesse processo de internacionalização, que têm interesse em se especializar”, finalizou.