Para o analista Al Kluis, que também é trader na Kluis Commodities, do estado norte-americano do Minnesota, os preços de milho e de soja apresentam uma tendência de melhora para o longo prazo. Na visão de Kluis, há uma grande correlação entre os gráficos de preços de 2017 e 2007 ou 2006.
“Eu olhei para os fundamentos de 2007 e cheguei a uma rápida conclusão. A partir da minha análise, me dei conta de que estamos a um evento climático de uma grande diferença nos preços”, disse em artigo publicado no site Agriculture.com.
No artigo, o analista comparou em detalhe os dados de 2007 contra os de 2017 em ambos os cultivos. Na média global contabilizada de oferta, demanda e estoques o percentual do milho é de 24% atualmente contra 14% de 2007. Já nos números da soja a diferença é de 16% contra 21%, respectivamente. A diferença da média de preços pagos ao produtor dos Estados Undos entre os dois anos é de poucos centavos.
“Quando faço essa comparação dos últimos dez anos, eu vejo um aumento de produção de 43% de produção de 43% de aumento de uso tanto para soja como para milho. O clima global tem sido favorável, então a produção está se mantendo com a demanda, mas falta só este evento climático, que não precisa ser tão grande”, concluiu.
Quanto às preocupações com os estoques recordes, Kluis diz que é preciso olhar para o outro lado. “Os estoques estão crescendo, é verdade. Mas crescem na mesma velocidade que a demanda. Só precisamos que uma safra perda um bushel de produtividade para recuperar US$ 1 no preço por bushel”, resumiu.
